I
Na ausência dos verdes
verdes meus,
rodeada de verde
por cantos
que não são seus
encontro espaços
de abraços
guardados
nos espaços meus.
II
Vento e água
sons de mata
rodeiam
rodopiam
brincam
com meu silêncio
e saguis espiam.
Aqui, em meio a jardins
sol brinca sombras
água faz festa
sou a floresta
olhando por brechas
os buracos meus
e teus.
III
Caminhei caminhos
moradas sagradas
parti sem dizer nada
sobre o teu adeus.
Passaram e passam
pessoas
estradas
cascatas
e ainda vejo em tudo
os olhos teus
no olhar dos meus.
IV
Gosto dessa convivência
com teu cheiro
dessa memória viva
do amor vivido
lindo
às claras.
Gosto dessa presença
que não desgruda
resmunga
reclama
ama
e acompanha meu momento.
Compassando meu silêncio
és a negação do tempo.
Cristina Manga
(in "Estrelas de Barro")
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