segunda-feira, 6 de agosto de 2012

LUCIENE FREITAS in LIBERDADE AMORDAÇADA

Luciene

O Livro chegou hoje ás 08h10minh.
Às 08h20minh comecei a leitura e só parei quando terminei o livro.

A encadernação e a ilustração da capa, magníficos. Realmente adorei o formato da ilustração, coerente, original e de muito bom gosto, além de lindo! Amei.

O tema, por incrível coincidência, é o mesmo do romance que estou escrevendo há uns 9 anos e que me cobro terminar! Porém, com forma diferente, claro, posto que as experiências de vida são diferentes, a linguagem acompanha a diferença.

Na leitura da primeira e segunda parte parecia estar vendo a realidade, ainda hoje, das crianças e jovens das nossas cidades do interior, que acompanho no sofrimento aqui no Condado, em pleno 2012.

O que dizer, então, das correntes de séculos passados que permeiam e até definem comportamentos ainda agora! Assombra-me os assombros de alguns nesses aspectos, assombrando os cotidianos de mulheres que ainda desconhecem a alegria de viver.

Liberdade? De qual liberdade poderíamos falar? Num sistema educacional patriarcal, deficiente e autoritário é bem complicado se esperar cidadania, criatividade e consciência de si e do auter. Recordo uma passagem do livro de Sartre, “As Palavras” (autobiográfico), onde, referindo-se à sua mãe e de como era tratada por seus pais ele escreve “muitos anos depois, revendo um velho álbum de fotografias de família, veio a perceber que havia sido bonita”. A frase resume tudo!

Por várias vezes me deleitou a poeta Luciene que traspassava no texto como raios de sol que se adentra por brechas! Uma vez poeta, sempre poeta! Pinceladas que tocaram minha sensibilidade e me fizeram sorrir, mesmo em momentos de narrativas tristes. Sorrir sim, porque a tua poética não está “amordaçada” no romance, mas aguardando o momento de dar beleza a fatos nem tão lindos. Gostei.

O mais é agradecer o carinho que se fez presente para que o livro pudesse chegar até minhas mãos. Obrigada!

Grande abraço.
                         
Cristina Manga
(in "Crônicas")


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