quinta-feira, 13 de novembro de 2014

SOLITUDE

                         


Meus sonhos perambulam
por noites de lençóis desarrumados
sendo nós a sós.

Vagueiam como fantasmas solitários
pelos cais vazios da minha alma
plena e oca
e sou aquilo que vivo
do absoluto amor
que não grito.

Solidão é arremedo
sem medo
que possuo e deliro
num sem fim de sonhos
de esperas e sorrisos
que crio.

E sou o todo que habito
sendo nós
nas ruas nuas
nas noites escuras
nos becos do meu
mais profundo
solitário grito
que não pronuncio.
                                                            
   
Cristina Manga
(in "Momentos e Ventos")


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