Quis fazer uma fortaleza,
como se fosse possível
manter você a salvo
de tudo e todos os males.
Ilusa, espalhei meu amor
por cada canto
como manto
e cobri teu corpo
teus passos primeiros
teus sonhos,
espantei
teus pesadelos
e teus medos.
Ilusa eu:
não existe fortaleza
que proteja de si mesmo.
E foste tu,
nenhum outro,
quem acolheu e alimentou
os lobos.
A matilha levou teu corpo.
Mas, duvido
que em algum lugar escondido
no silêncio das Luas
não me recordes nua
como único amor
da tua vida crua.
Cristina Manga
(in "Estrelas de Barro")
(in "Estrelas de Barro")
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