segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

HONESTIDADE É UM NEGÓCIO MUITO BONITO



Estou perdendo o controle dos meus textos, tanto que estão sendo reproduzidos, nas redes sociais e fora dela.
Sou humano e, como tal, vaidoso, o que é pouco para justificar a minha irritação, quando me vejo plagiado ou com um texto meu tornando-se apócrifo (sem autor identificado), quando não vítima de apropriação indébita, com um cretino ou cretina, tirando o meu nome e colocando o dele ou dela, na autoria.
Entre os autores que li, desde os menos conhecidos até os consagrados, todos, sem exceção, têm os seus textos como filhos, considerando cada redação um parto.
É claro que isto me irrita. Agora mesmo, um blog, intitulado Verdades Ocultas(nome coerente), transcreveu o artigo TODO MUNDO É BABACA OU LULA É LIMPO de outro blog, Ceilândia em Alerta, colocando, ao final “a partir do Ceilândia em Alerta”, como se tivesse nascido lá, sem autoria (o Ceilândia colocou a minha assinatura).
Um outro blog, Artes Gráficas, compartilhou do Verdades Ocultas e, claro, sem autoria, ocasião em que quem compartilhou, no comentário, reproduziu um parágrafo meu, sem vir entre aspas, o que ilicitamente o fez de sua autoria.
E assim tem sido e isso é uma constância.
Uns agem por absoluto desconhecimento de como agir, outros, por má fé mesmo.
Não sei como classificar o plagiador e o apropriador indébito, se um eunuco servindo-se da genitália alheia, um impotente ou frígida fingindo os orgasmos que não consegue ter, ou só um ladrãozinho.
Perdoem-me o mau jeito, é indignação mesmo, sensação de corno diante da traição.
Usei o pronome na primeira pessoa, mas vale para todos os que escrevem e se tornam vítimas de maus leitores, voluntária, por má fé, ou involuntariamente, por desconhecimento.
Vamos então entender como funciona o código internacional, para esses casos, para o negócio funcionar:
1) sempre que você citar uma frase, um parágrafo, ou mais, de um texto que não é da sua autoria, faça-o entre aspas, colocando, logo após, entre parêntesis o nome do autor do que está entre aspas. Outra opção é, logo após as aspas, você colocar um asterisco e, no final do texto, após o seu comentário ou o seu texto, repetir o asterisco e, ao lado, colocar o nome do autor;
2) nunca marque a assinatura de um artigo. A assinatura indica autoria, o assumir do escrito, até para atender a legislação, com o autor assumindo as conseqüências judiciais e morais do que escreveu, se houver. Nomes marcados nada mais são que comunicados. Ao marcar uma assinatura, torno-o apócrifo, sem autor identificado, pedindo ao autor que leia, (se leio um artigo e no fim está Zé das Couves, sei que ele é o autor, mas se vier Zé das Couves, marcado, entendo que alguém está chamando a atenção do Zé, para que ele leia um texto sem autor);
3) Outros, ao compartilharem, colocam “via”. Isto não confere autoria. Se eu postar um poema do Neruda e alguém colocar via Francisco Costa não está dizendo que o poema é meu, mas do Neruda, que eu postei e foi compartilhado. Via Francisco Costa não indica que eu sou o autor;
4) Sempre que possível, junto com a assinatura do autor, coloque ou compartilhe a data, para contextualizar, dar sentido histórico. Se você ler um artigo meu, desancando com o Joaquim Barbosa, não fará o menor sentido, mas se tiver a data e for da época do Mensalão, fará sentido;
5) Evite ao máximo copiar artigos inteiros, a menos que depois você o coloque entre aspas, para que os leitores saibam que não é de sua autoria. Quando, nos grupos, não aparecer a opção compartilhar, clique sobre a foto que ilustra a matéria, ela irá se ampliar e aparecerá a opção compartilhar. É só clicar;
6) os palavrões podem e devem ser usados nas postagens e comentários, se fazem parte do seu vocabulário, no dia a dia, para humanizar a linguagem virtual, mas sempre como forma de expressão, nunca como ofensa pessoal, e só insinuado, usando-se a primeira letra e reticências(c...), as iniciais (pqp, fdp), signos sem nexo (&$%@!), com grafia trocada(caraio), etc.
7) antes de compartilhar uma matéria, curta essa matéria. Ao curtir e depois compartilhar você está dizendo “gostei, levei”. Se compartilhar sem curtir você está dizendo “achei, levei”. Ninguém acha o que tem dono;
8) Se você ilustrar uma matéria com uma foto do Google ou compartilhar uma foto do Google, não precisa indicar a fonte, ali é uma fonte pública, mas ao ilustrar uma matéria com uma obra de um artista plástico ou compartilhar a obra de um artista plástico, deve indicar a autoria. Não fazer isso é o mesmo que não indicar a autoria do do texto.
Não é assim porque gosto ou quero, são regras usadas internacionalmente.
A comunidade internacional acha o Facebook brasileiro o com maior número de internautas “sem noção”, “superficiais”, “mal educados” e “agressivos” do mundo.
Vamos mudar isso.

Francisco Costa
Macaé, RJ, 25/01/2016.


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