E querem se fixar em tudo
E em tudo fazer morada.
Vorazes, estendem as patas sujas,
As ávidas presas prontas ao bote,
Dispostos à permanência eterna.
São os saídos dos latifúndios,
Das igrejas, das catacumbas
Onde jaziam em ódio e pressa,
Arquitetando golpes e assaltos,
Antevendo o botim dos fartos,
O saque, a indébita apropriação.
Travestidos piedosos monges,
Destilam peçonha nas entranhas,
Falaciosos e fingidos, disfarçados.
São os coronéis de engenho,
Os capitães de indústria,
Os capatazes de carências
E encarregados do caos
Deitando acampamento hoje
No que supúnhamos antigo,
Já morto e longe enterrado.
Não mais ostentam baionetas,
Aposentaram tanques e canhões,
Trocados por togas e discursos
No festim dos fartos.
Cínicos, contabilizam o subtraído
E auditam o a subtrair,
Empedernidos ladrões,
Salteadores contumazes,
Robins Hoods ao avesso
Em saque às contas públicas,
Ao erário de todos, querendo-se
Os donos das chaves dos cofres
E proprietários de vidas alheias.
Malditos sejam aqueles,
Todos aqueles que, sórdidos,
Chafurdarão na derrota,
Mais uma vez sonhando moedas
Onde só haverá revolta
Por mais uma derrota.
Não passarão!
Não se pode podre
O que ainda não floresceu.
Se o mal conspira
O bem nos inspira.
Francisco Costa
Rio, 09/04/2016.
Cínicos, contabilizam o subtraído
E auditam o a subtrair,
Empedernidos ladrões,
Salteadores contumazes,
Robins Hoods ao avesso
Em saque às contas públicas,
Ao erário de todos, querendo-se
Os donos das chaves dos cofres
E proprietários de vidas alheias.
Malditos sejam aqueles,
Todos aqueles que, sórdidos,
Chafurdarão na derrota,
Mais uma vez sonhando moedas
Onde só haverá revolta
Por mais uma derrota.
Não passarão!
Não se pode podre
O que ainda não floresceu.
Se o mal conspira
O bem nos inspira.
Francisco Costa
Rio, 09/04/2016.
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